Queremos levá-lo a conhecer o Portugal dos pequenos recantos e paisagens esquecidas. Vá sempre em grupos reduzidos e acompanhado por quem conhece o terreno e os seus segredos.
Queremos levá-lo a conhecer o Portugal dos pequenos recantos e paisagens esquecidas. Vá sempre em grupos reduzidos e acompanhado por quem conhece o terreno e os seus segredos.
A organização ambientalista WWF defendeu hoje que as várias populações de lince ibérico na Península têm que estar ligadas, dependendo disso a sobrevivência da espécie a longo prazo.
Em entrevista à agência de notícias espanhola, Efe, o coordenador dos projetos com grandes carnívoros, Ramón Pérez de Ayala, afirmou que é preciso começar a promover o contacto entre os vários núcleos para que se reproduzam entre si e se evitem os problemas de endogamia.
"O projeto 'Life+Iberlince' correu melhor do que esperávamos porque em todos os locais onde reintroduzimos linces correu bem, já há mais de 10 fêmeas reprodutoras, o que supõe uma progressão muito boa e nos obriga a centrar-nos na ligação entre populações", afirmou.
O desafio agora será "evitar que, a longo prazo, a endogamia jogue contra a espécie", libertando para os 'habitats' naturais "linces com a menor relação de parentesco possível".
Ramón Pérez de Ayala admitiu que "em alguns casos existe muita distância entre populações" e por isso é preciso haver "populações ponte" entre os grandes núcleos de reprodução, que possam comunicar através de "grandes corredores naturais".
A criação destas populações acarreta riscos de "aumento de mortalidade por atropelamento", mas seria uma forma de promover a mobilidade de animais de um lugar para outro, salientou.
Para Pérez de Ayala, deviam existir 750 fêmeas de lince, o que permitiria aumentar a população de linces em liberdade para 2.500 a 3.000.
Atualmente, há cerca de 800 animais na Península Ibérica, dos quais 135 fêmeas reprodutoras.
Investigadores de Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) alertaram hoje contra os perigos do percevejo asiático, “inseto problemático” que, “com certeza”, vai incluir Portugal na “já longa lista de países invadidos”.
Numa altura em que se discute intensamente o combate à vespa asiática (vespa velutina), “existe outro inseto muito problemático, o percevejo asiático (Halyomorpha halys), que, com certeza, incluirá Portugal na já longa lista de países invadidos em todo o mundo”, alerta um grupo de cientistas da FCTUC, numa nota enviada hoje à agência Lusa.
Para sensibilizar a população em geral, e “os produtores agrícolas em particular”, a equipa de investigadores do FLOWer Lab (Centre for Functional Ecology) da FCTUC está a desenvolver “uma campanha de sensibilização sobre a problemática desta praga”, refere a FCTUC.
Inserida no projeto i9Kiwi, a campanha inclui vários materiais de divulgação, entre os quais “panfletos acerca do percevejo asiático, difundidos em formato físico ou através das redes sociais, bem como a realização de comunicações públicas e publicações técnicas, alertando para a problemática deste inseto”.
Os investigadores apelam também à “participação de todos os cidadãos, na melhor filosofia de uma ciência verdadeiramente inclusiva e cidadã, através da partilha no grupo de Facebook ‘Percevejo asiático (Halyomorpha halys) PT’, ou via e-mail (h.halys.i9k@gmail.com), de fotografias de possíveis avistamentos do inseto”.
Nativo do oeste asiático, o percevejo asiático foi introduzido acidentalmente nos continentes americano (nos EUA em 2001 e no Chile em 2017) e europeu (Suíça em 2004), “tendo expandido a sua distribuição a partir destes pontos de introdução, contando já com 22 países invadidos”.
Apesar das populações estabelecidas mais próximas estarem na Catalunha (Espanha) desde 2016, “no início de 2019 o inseto foi intercetado na região de Pombal” (distrito de Leiria), em equipamento agrícola importado (de acordo com a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária), de Itália, “país europeu onde se estão a verificar mais prejuízos económicos”, afirma a FCTUC.
“O estabelecimento de mais uma praga agrícola no nosso país, especialmente de um inseto picador-sugador capaz de se alimentar em mais de 300 espécies de plantas nas suas diferentes estruturas (frutos, folhas, rebentos...), incluindo inúmeras plantas de interesse agrícola, poderá ter efeitos muito negativos para a agricultura”, adverte, citado pela FCTUC, o investigador do FLOWer Lab João Loureiro.
“É durante o período de atividade em que se alimenta (de abril a novembro) que inviabiliza comercialmente os produtos agrícolas (provocando cicatrizes, depressões, descolorações, deformações e/ou queda)”, explica João Loureiro.
“As perdas a este nível podem chegar a 90% de produção e culturas agrícolas como o tomate, milho, pera, uva e laranja, tão relevantes no contexto nacional, podem vir a ser severamente afetadas, sem que haja ainda uma forma eficaz de controlo”, acrescenta o investigador e docente da FCTUC.
A nível de saúde pública, “a procura do inseto por abrigos, nomeadamente no interior de casas e barracões, para a fase de diapausa (hibernação) durante os meses frios (dezembro a março), leva uma concentração elevada de organismos – na ordem dos milhares de insetos – agravada pela libertação de odores nefastos quando perturbados”, salienta João Loureiro.
Hugo Gaspar, também investigador do FLOWer Lab, responsável pela produção dos materiais de divulgação e pela identificação dos avistamentos suspeitos, observa, por sua vez, que “o clima favorável em Portugal, a rápida progressão observada e os danos agrícolas e de saúde pública com difícil combate, e a intersecção verificada em Portugal no início do ano, tornam imperativo trazer o conhecimento ao público e assim tentar evitar a expansão silenciosa”.
O estado de alerta é “a melhor medida que se pode tomar neste momento e a ajuda de todos é essencial, principalmente através da participação ativa dos produtores agrícolas”, apela Hugo Gaspar.
Arouca acolhe de quinta-feira a domingo a 75.ª Feira das Colheitas, que começou como pequeno mercado destinado a incentivar a produção agrícola durante a II Grande Guerra e ocupa agora 20 hectares, ainda apostados em estimular o setor.
A primeira edição realizou-se a 22 de outubro de 1944 por iniciativa daquele que era então o Grémio da Lavoura de Arouca e reuniu apenas alguns vendedores no centro da vila, com o objetivo de disponibilizar à comunidade alguns bens alimentares que escasseavam nos centros urbanos e só se encontravam no mercado negro.
"Foi uma ideia boa, surtiu o seu efeito e ainda hoje apela ao brio das pessoas", afirma Joaquim Reis, presidente da Cooperativa Agrícola de Arouca, que, sucedendo ao antigo Grémio na coorganização do evento com a autarquia, conta agora com mais de 4.000 associados ligados à agricultura, à criação de gado e à atividade florestal.
É essa estrutura que vem coordenando a feira de gado, os concursos pecuários e de vinho verde, e as iniciativas mais ligadas à lavoura, sempre com o objetivo de "tentar atrair mais jovens para estas áreas".
Joaquim Reis defende que a festa "está cada vez mais vocacionada para a gastronomia", mas realça que, "por muito que a vitela arouquesa seja rainha na Feira das Colheitas, o que é preciso é gente nova a tratar dos campos e dos animais, senão um dia isto acaba tudo".
Preocupado com as dificuldades do setor, o presidente da cooperativa não deixa de reconhecer, contudo, que gerações mais jovens vêm conferindo à lavoura local uma outra dinâmica: "Há muita gente a virar-se para os pequenos frutos, como os mirtilos, framboesas, cogumelos e até kiwis, e só é pena que os incêndios, os químicos, a vespa asiática e a falta de pomares estejam a dar cabo do mel de Arouca, que não é muito conhecido, mas é um belíssimo produto".
A Feira das Colheitas inclui ainda desfiles de gado, cortejos de carros de bois e açafates, concursos de pecuária e gastronomia, espetáculos por vários ranchos folclóricos e concertos como os de Amor Electro, Carolina Deslandes e do programa "Sons no Património", da Área Metropolitana do Porto.
Todas as propostas são de entrada livre. No sábado e domingo, para facilitar a deslocação até ao centro histórico da vila, a câmara disponibiliza ainda um 'transfer' gratuito a partir de Fermedo, Chave, Alvarenga, Espiunca e Zona Industrial de São Domingos, com paragens em várias localidades ao longo do percurso.
A 3.ª edição da Mostra de Artes de Rua de Sines, que arranca na quinta-feira, vai abordar questões como as alterações climáticas e a crise dos refugiados em dezenas de espetáculos de rua.
Durante três dias, entre quinta-feira e sábado, o público poderá assistir, em diferentes locais da cidade de Sines (distrito de Setúbal), no litoral alentejano, a mais de duas dezenas de espetáculos de teatro, circo e dança, ‘performances’ e arte urbana, sob a direção artística e produção da companhia Teatro do Mar.
“Este ano abordamos matérias que estão na ordem do dia, como as alterações climáticas, particularmente as alterações atmosféricas, devido ao excesso de poluição que diz respeito à cidade onde vivemos”, explicou hoje à Lusa a diretora artística do Teatro do Mar, Julieta Aurora Santos.
Além das questões relacionadas com a preservação do planeta, a Mostra de Artes de Rua (M.A.R.) vai debruçar-se sobre a crise dos refugiados e das fronteiras, que será “tratada com muita poesia” e “com grande sentido de humor e subtileza”.
O fogo como arte, a mulher e a essência do feminino, a memória e as relações humanas são outros temas abordados.
Ao todo, serão apresentados 23 projetos artísticos, em 30 apresentações, desde espetáculos de circo, instalação de vídeo, banda desenhada, teatro de rua, dança e manipulação de objetos, apresentados por mais de 100 artistas de Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Grécia e Estados Unidos da América.
“São abordagens disciplinares muito diferentes que vão desde a música de rua à dança, passando pelo teatro de rua, pelo circo e instalação, e temos mais uma vez em conta o facto de a programação se pautar por critérios de qualidade e se dirigir a todos os públicos”, revelou a diretora artística.
O evento, apoiado pela Câmara Municipal de Sines, conta com um orçamento de 75 mil euros, é totalmente gratuito e continua a afirmar-se como um ‘porto’ para as artes de rua nacionais e estrangeiras, ao sul do país.
O Jardim das Descobertas, a antiga estação dos comboios, o centro histórico, a Alameda da Paz, o castelo da cidade, o jardim do Rossio, a ribeira e as antigas fábricas romanas são alguns dos 14 ‘palcos de rua’.
Tendo em conta a “grande afluência de público” na edição anterior, que “dificultou a visibilidade de alguns espetáculos”, os promotores decidiram este ano “repetir os espetáculos mais pequenos” e assim “permitir que o público possa escolher os dias sem ficar impedido de assistir a toda a programação”, explicou.
O evento arranca na quinta-feira com um espetáculo de dança urbana, no Largo 5 de outubro, às 21:30, pela companhia francesa Dyptic, seguindo-se uma conversa com o público sobre o processo criativo.
Na sexta-feira, estão previstos nove espetáculos de rua, entre eles ‘performances’ de teatro, circo e dança, em vários locais da cidade, e uma oficina de dança criativa, no pátio das Artes, junto ao Centro de Artes de Sines.
A manhã de sábado é dedicada às famílias com atividades no jardim das descobertas, onde pais e filhos terão contacto com “projetos muito interessantes”, entre eles “uma experiência sensitiva” que convida o público a “entrar numa máquina de cena” e fazer “uma viagem fora do vulgar”.
No mesmo espaço, haverá “300 metros quadrados de jogos interativos e artesanais" com histórias e personagens para “distanciar o público das novas tecnologias”, acrescentou Julieta Aurora Santos.
O último dia será preenchido por um conjunto de espetáculos que prometem "celebrar a rua como espaço de comunhão", estando a festa de encerramento prevista para a madrugada de domingo, no interior do Castelo de Sines, a cargo da dj Caroline Lethô.
Um grupo de investigadores colocou a descoberto, no decurso das escavações arqueológicas que decorreram no castro de S. João das Arribas, em Miranda do Douro, "vasos quase intactos", que revelam o que cultivavam os povos antigos.
"Foram descobertos vasos de cerâmica que continham, no interior, grãos de cereais tais como centeio, cevada e trigo. Estas sementes vão agora ser analisadas por uma equipa de arquirromântica e nos próximos tempos os resultados serão divulgados", disse hoje à Lusa, Luís Seabra, aluno de doutoramento da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).
O também investigador do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO-InBIO) adiantou que esta descoberta poderá dar a conhecer o que as comunidades do passado cultivavam e, ao mesmo tempo, perceber o seu contexto arqueológico das descobertas.
"As sementes encontradas dentro e fora do vaso são minúsculos pontinhos pretos, com aparência petrificada, e carregam muita história", concretizou o investigador.
O que despertou a atenção de Luís Seabra e dos orientadores da sua tese de doutoramento na área da arqueobotânica/carpologia para estas escavações foi a descoberta, pela equipa de arqueólogos, nas campanhas de prospeção arqueológicas de 2016 e 2017, de vasos bem preservados, quase intactos, com sementes.
"Trata-se de uma achado raro, um pequeno tesouro, que poderá agora revelar muito sobre o que cultivavam os povos que ali viveram há centenas de anos e como o faziam", explica, em comunicado, a equipa de investigadores.
A ocupação do castro de São João das Arribas, em Aldeia Nova, Miranda do Douro, no distrito de Bragança, situa-se entre antiguidade tardia e a Alta Idade Média.
"É raro encontrar estes vasos. Acaba por ser um pequeno tesouro para nós e é importante realizar as devidas análises para, depois, fazermos então as interpretações. A descoberta destes vasos foi o ponto fulcral", destaca Luís Seabra.
O investigador do CIOBIO-InBIO, acrescenta, em nota enviada à Lusa que, com base na sua experiência de trabalho no Norte de Portugal, não tem conhecimento de achados semelhantes.
"Penso que é excecional terem sido encontrados estes vasos quase intactos", remata.
Do sítio arqueológico para o laboratório, tudo é escavado, descoberto e analisado ao pormenor.
"Na zona das escavações, nas diferentes camadas, nós fazemos a recolha de sedimentos para posterior estudo. O processo é bastante simples. Fazemos a recolha de uma amostra, normalmente usando um balde de terra e depois fazemos um processo chamado flutuação, que consiste em colocar água sobre o sedimento, agitar, e, deste modo, todo o material orgânico sobe, explicou Luís Seabra.
Os responsáveis pelos trabalhos arqueológicos do Projeto de Investigação sobre o Castro de São João das Arribas já tinham recolhido vários materiais, incluindo vasos e sementes, em anos anteriores, desde 2016, e cedo perceberam o potencial e a riqueza dos achados, tendo iniciado então uma colaboração com a equipa do CIBIO-InBIO para integrar estudos de Arqueobotânica/Carpologia.
Para já, foi possível “identificar a presença de centeio, de cevada e de trigo”.
“No entanto, vamos precisar agora de mais tempo, nos próximos anos, no âmbito do meu doutoramento, para fazer a análise das restantes amostras e depois conjugar os resultados", disse Luís Seabra.
A arqueobotânica é o estudo de vestígios botânicos antigos recolhidos em jazidas arqueológicas e a carpologia um ramo de estudo mais específico focado nas sementes e frutos.
O Projeto arqueológico de S. João Arribas é coordenado pelos arqueólogos Mónica Salgado, Pedro Pereira e Susana Temudo e tem como parceiros a Palombar, a associação francesa Rempart, a Junta de Freguesia de Miranda do Douro e o município de Miranda do Douro.
A Convenção Internacional sobre Comércio de Espécies Selvagens Ameaçadas (CITES, na sigla original em inglês) adoptou hoje limites estritos à captura de elefantes selvagens para fornecer zoológicos.
O texto da nova resolução do organismo das Nações Unidas foi adotado, depois de alterações introduzidas pela União Europeia (EU), com 87 votos a favor, 29 contra e 25 abstenções durante uma sessão plenária da reunião da CITES que decorre em Genebra até quarta-feira e deu de imediato origem a diferendos entre os defensores das restrições e países que são contra, como o Zimbabué, que obtêm receitas significativas com aquela atividade.
A resolução proíbe a exportação de elefantes selvagens para fora de África e limita a sua captura e comércio a situações em que são destinados a programas de conservação na própria região onde são capturados ou para relocalização em áreas seguras onde possam continuar a viver como animais selvagens.
De acordo com organizações de conservação da vida selvagem presentes na reunião e citadas por agências internacionais, as alterações introduzidas pela UE moldaram a linguagem do documento no sentido de alcançar um compromisso entre a proibição da exportação de elefantes selvagens para fora de África e a introdução de exceções como a possibilidade de circulação entre países europeus de animais que já se encontrem em território da UE.
As organizações de defesa dos animais presentes em Genebra consideraram a resolução "um marco importante" na proteção da vida selvagem, apesar de considerarem que o texto aprovado deveria determinar a proibição completa do comércio de elefantes selvagens.
A localidade de Rio de Onor recebe no fim de semana milhares de forasteiros para o festival que há três anos celebra as tradições desta aldeia histórica de Bragança dividida entre Portugal e Espanha.
Sem barreiras físicas a separá-las, mesmo quando existiam as fronteiras administrativas, Rio de Onor de Bragança e Rihonor de Castilla confundem-se com apenas um povoado que, apesar da diferença de nacionalidade e horário, partilham o quotidiano e rituais comuns.
A música é um dos elos e o que têm em comum nesta área marcará a abertura, na sexta-feira, do Festival D´ONOR, com músicas da raia a proporcionarem “uma viagem musical pela história da relação transfronteiriça entre os dois países ibéricos e a relação entre as suas canções”, segundo a organização.
O momento será protagonizado por dois dos músicos mais conceituados do folk a nível mundial, o espanhol Luiz António, do grupo La Musgana, e o português Paulo Meirinhos, dos Galandum Galundaina.
A iniciativa deste festival, com entrada gratuita, é da Associação Montes de Festa que, em parceria com os habitantes de Rio de Onor, prepara o programa de três dias, no qual não faltam outras tradições comuns, como os gaiteiros, e o símbolo desta aldeia raiana, que é o comunitarismo.
Na manhã de sábado, o festival reserva mais uma novidade ligada a esta particularidade da aldeia, com a recriação do mítico Conselho do Povo, onde os festivaleiros serão convidados a ajudar as gentes de Rio de Onor a limpar as margens do rio, que atravessa a localidade.
Em pleno Parque Natural de Montesinho, a manhã de sábado convida também a um passeio pedestre com a associação de caminheiros Enzonas e, durante a tarde, acontece a Ronda Cultural e das Adegas, entre momentos musicais, de convívio e lazer com os habitantes locais.
Ao longo dos três dias, até domingo, vários artistas portugueses e espanhóis atuarão no palco do festival com diferentes estilos musicais.
Entre as atividades programadas há também mais um passeio de automóveis antigos e desportivos com passagem pelo apiário onde terá sido avistado um urso há alguns meses.
O festival proporciona ainda oficinas gratuitas de gaita-de-fole e de danças tradicionais.
A peça de teatro ao ar livre “Histórias e Narrativas da Tradição Oral” encerra o programa, no domingo.
Trata-se de um trabalho da associação Fisga de Bragança e o momento pretende, segundo a organização, recordar “os tempos antigos e as companhias de teatro itinerantes que percorriam quilómetros, animando de aldeia em aldeia.
A aldeia de rio de Onor tem um parque de campismo onde os festivaleiros se podem instalar e não faltará a gastronomia típica para degustar durante todo o festival.
Os Guardiões da Serra da Estrela exigem à organização da Volta a Portugal em Bicicleta que sejam tomadas medidas para solucionar a questão dos resíduos resultantes da passagem da prova naquela área protegida.
"A Associação Guardiões da Serra da Estrela defende e exige que para esta prova, assim como para qualquer outro evento desportivo, ou de outra natureza, com impacto direto no Parque Natural da Serra da Estrela, a questão dos resíduos produzidos pelos organizadores, promotores, parceiros e espetadores seja resolvida de um modo eficiente e imediato, de forma que o impacto destes eventos no ambiente e nas atividades económicas futuras (nomeadamente o turismo) se traduza única e exclusivamente em aspetos positivos para as populações locais", lê-se na carta aberta divulgada por esta associação que tem sede na Covilhã, distrito de Castelo Branco.
Ressalvando que a bicicleta é um transporte amigo do ambiente e que a prova é recebida com grande satisfação pelas populações locais, os Guardiões da Serra da Estrela também manifestam preocupação pelo lixo e resíduos que ficam no território com a passagem da prova e para os quais é "absolutamente necessário dar um destino conveniente", principalmente quando estão em causa zonas do Parque Natural da Serra da Estrela.
O Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, foi hoje integrado na área classificada pela UNESCO como Património Mundial da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia, disse a diretora do Museu, Ana Alcoforado.
A inclusão do Museu Nacional Machado de Castro na área classificada como Património Mundial, em 2013, foi decidida na 43.ª Sessão do Comité do Património da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que está a decorrer em Baku, no Azerbaijão, até 10 de julho.
O Museu Nacional Machado de Castro não foi incluído na área que veio a ser classificada em 2013 por se encontrar em trabalhos de restauro e remodelação na ocasião em que foi apresentada a respetiva candidatura (quando a Alta universitária e Rua da Sofia foram classificadas Património da Humanidade, os trabalhos no museu já estavam concluídos).
Monumento nacional desde 1910, o espaço do museu foi centro administrativo, político e religioso na época romana, foi templo cristão, pelo menos desde o séc. XI e paço episcopal a partir da segunda metade do séc. XII, refere a Direção-Geral do Património, na sua página na internet.
O Santuário do Bom Jesus, em Braga, e o conjunto composto pelo Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Tapada de Mafra também receberam hoje a classificação de Património Cultural Mundial da UNESCO.
Três baterias com um total de cerca de 150 quilogramas, submersas perto do cais de embarque da ilha da Culatra, em Faro, foram hoje removidas no âmbito da campanha “Ria Formosa livre de plásticos”, disse a responsável pelo projeto.
Em declarações à Lusa, Sandra Godinho, dirigente da Associação para o Estudo e Conservação dos Oceanos (aECO) e responsável pelo projeto, indicou que “foram precisas mais de duas horas para retirar o material poluente do fundo do mar, numa operação que contou com várias entidades”.
“Além dos voluntários da associação, participaram nas operações de resgate das baterias a Polícia Marítima, mergulhadores da Universidade do Algarve e pescadores”, adiantou.
As três baterias, com cerca de 50 quilogramas cada, “são idênticas às que são usadas para acumular energia dos painéis solares instalados nas embarcações, desconhecendo-se quem as ali terá deixado em plena Ria Formosa”, sublinhou Sandra Godinho.
Segundo Sandra Godinho, os equipamentos de grande porte, sinalizados há algum tempo pela Polícia Marítima e pelos pescadores que operam a partir do cais da Culatra, foram removidos e entregues às autoridades marítimas para “procederem às diligências necessárias que possam identificar o ou os autores deste crime ambiental e encaminhá-los para o sistema de gestão de resíduos”.
A ação de resgate dos materiais decorreu no âmbito da campanha “Ria Formosa livre de plásticos”, com o apoio da European Outdoor Conservation Association, da Associação de Moradores e Amigos da Ilha da Culatra, da Universidade do Algarve e da Capitania do Porto de Olhão.
A associação aECO tem agendadas para o mês de julho várias atividades de limpeza ambiental, entre as quais a limpeza do porto de abrigo da ilha da Culatra, uma das ilhas-barreira da Ria Formosa, no distrito de Faro.